Superboy Conner Kent Injustiça?
Conner Kent, o Superboy clone, também conhecido como Kon-el, ou ainda Superboy do Havaí, pelos mais saudosistas, é notavelmente um dos personagens mais injustiçados da DC Comics.
Superboy poderes ou farsa?
Criado por Karl Kesel e Tom Grummett como um dos substitutos do Homem de Aço durante o período da Morte e Retorno do Superman, o jovem herói, apesar de possuir uma grande base de fãs, de tempos em tempos cai no limbo editorial.
Depois da reinicialização da DC com a fase Os Novos 52, Kon-El ganhou uma nova versão, com origem totalmente alterada. Em vez de um clone do Superman, ele havia sido clonado de um filh das versões futuras de Clark Kent e Lois Lane. Ele jamais foi chamado de Conner e os fãs sequer o reconheciam como o mesmo personagem.
Com a chegada da fase Renascimento a versão Novos 52 foi apagada e, mesmo com a retomada de diversos conceitos e personagens anteriores ao reboot, a versão antiga de Conner não foi retomada. Mesmo nos flashbacks da saga O Retorno do Superman, não havia registros de um Superboy clone, apenas dos outros três substitutos (Aço, Superciborgue e Erradicador). Aliás, o título de Superboy, no presente, passou a ser usado por Jon Kent, o jovem filho do casal Lane-Kent.

Enquanto muitos fãs já estavam conformados com o descarte do personagem por tempo indeterminado, os últimos meses mostraram que a editora não esqueceu do clone. Uma versão futura dele apareceu no arco Super Sons of Tomorrow e explicou ao Superman que não podia contar quem ele era, já que isso poderia causar um paradoxo na linha temporal. Como é sabido que dez anos de cronologia sumiram na fase Renascimento, voltou a esperança de que Conner pode retornar em um futuro próximo, mas ninguém esperava pelo que veio a acontecer poucas semanas depois desta aparição.
Injustiça
Enquanto a volta de Conner continua sendo apenas uma promessa na cronologia principal, a HQ digital semanal Injustice 2, que narra os acontecimentos entre os dois games de mesmo título, trouxe um retorno surpreendente. Já era sabido, desde a série anterior de Injustice, que quando o Superman se tornou um déspota e implementou seu regime, Conner o enfrentou em um embate direto. Kal-El atravessou o peito de seu clone com um soco, mas, para salvar a vida do jovem, o enviou para a Zona Fantasma.
Agora, com Superman já detido, Conner foi retirado da prisão dimensional e passou por um transplante de coração, recebendo o órgão direto do peito do falecido General Zod. Mais do que isso, ele recebe dos Kent o antigo uniforme do Homem de Aço e, logo depois da cirurgia, quando ainda devia estar em recuperação, parte para o campo de batalha ao lado de Batman e Mulher-Maravilha, estabelecendo uma nova Trindade de heróis.
No entanto, a ausência de Conner no segundo game da franquia e o fato dele entrar em batalha ainda no período pós-operatório, deixa a dúvida se a nova jornada do personagem nesta Terra alternativa é algo que vai ser duradouro ou apenas mais uma falsa esperança para os fãs. Estaria Conner Kent prestes a sofrer mais uma injustiça histórica? Ou, pelo contrário, a franquia Injustiça pode dar a Conner Kent e a seus fãs uma esperança de valorização?
Limbo
A fase atual não é a primeira que coloca Conner no limbo editorial ou à margem dos principais títulos da editora. A situação ocorreu em pelo menos outras três ocasiões. A primeira delas foi quando seu título mensal, iniciado na década de 1990, chegou ao número #100, em 2002.
Conner passou a ser visto apenas nas páginas de Justiça Jovem, também cancelada meses depois. Depois disso, se estabeleceu como um dos personagens principais nos Novos Titãs escritos Geoff Johns, onde desenvolveu ainda mais seus poderes e ganhou uma origem, que o colocava como uma peça ainda mais complexa no Universo DC. Se antes se pensava que Conner era um clone híbrido do Superman com um ex-diretor nada relevante do Projeto Cadmus, Johns revelou que na verdade metade do DNA do herói veio de Lex Luthor.
Foram três anos nos quais a importância do jovem crescia de forma exponencial na DC. Só que no mundo real a editora enfrentava uma batalha judidical pela marca Superboy, que era requerida pela família de seu criador, Jerry Siegel. Com isso, a saída encontrada foi simplesmente matá-lo na saga Crise Infinita, quando enfrentou o Superboy Primordial (que a partir daí foi chamado de Superman Primodial), para salvar o universo.
Foram mais de dois anos sem a presença de Conner e mesmo menções ao nome Superboy eram evitadas de todas as formas. Só em Legião dos Três Mundos, uma ramificação de Crise Infinita, em 2009, Conner saiu do limbo e ressuscitou, quando um acordo já estava costurado entre a DC e os Siegel.
O que se podia esperar com o que se viu logo após o retorno era uma fase brilhante. Conner passou a protagonizar um arco escrito por Geoff Johns e desenhado por Francis Manapull em Adventure Comics. A saga o restabeleceu em Smallville, agora morando com Martha Kent e lidando com a perda de Jonathan Kent, que ele já via como sua família, e que havia falecido meses antes. Paralelamente, Conner buscava respostas sobre ser mais parecido com Superman ou Lex Luthor. Após a conclusão do arco, o herói ganhou um título próprio, escrito por Jeff Lemire e desenhado por Pier Gallo. A HQ, com um tom fantasioso e psicodélico, introduzia um novo elenco de apoio e prometia aumentar ainda mais a mitologia em torno de Conner.
Leia também: Zerar numeração de quadrinhos ainda é uma boa ideia
No entanto, Lemire precisou encerrar suas ideias de forma abrupta na edição #11, devido ao reboot, que lançou a versão Novos 52 do Superboy. Desde então, aquele clone nunca mais fez parte do universo DC, considerando que após o relançamento ele era outro personagem, inclusive com genética diferente e sem jamais assumir a identidade de Conner.
Qual a sua opinião sobre esse super herói?