Metrópolis Anime
Famoso filme antigo anime de 2001. A história começa com Shunsaku Ban e seu sobrinho Kenichi chegando à cidade chamada Metrópolis, um dos polos de tecnologia do mundo.
Metrópolis Filme – Review
O cenário que lhes é apresentado é uma cidade mega populosa e mergulhada na miséria. Por conta do grande avanço tecnológico e para melhorar a economia, os trabalhadores foram substituídos por robôs, o que faz com que a população seja obrigada a morar nos subúrbios das cidades e a viver de restos da elite local.
O objetivo de Shunsaku Ban é investigar um tal e Dr. Laughton vilão, que é envolvido com tráfico ilegal de órgãos. Em meio a esse fato, Metrópolis mangá está agitada pela inauguração do Zigurate, o que teoricamente é uma super instalação destinada ao progresso da nação.
Todo esse ambiente na sociedade passa um sentimento de tensão, os humanos odiando os robôs, a elite desprezando a desigualdade e muitos fazendo seus subordinados agirem de forma violenta aos ocasionais protestos, tudo indicando uma grande revolta.
Metrópolis Mangá
Depois que Kenichi encontra Tima, uma super-robô criada pelo Dr. Laughton, o anime deslancha em uma sequência de fatos que mal consegue respirar. Eles são perseguidos por Rock que é o braço direito do Duque Red e mandante das Marduques, que são milícias responsáveis por eliminar o robô defeituoso ou que estejam fora da área autorizada. Duque Red por sua vez é o grande ditador de Metrópolis e verdadeiro dono de Tima.
Shunsaku e Kenichi conseguem encontrar Tima e pode fazer com que eles conheçam mais sobre a sombria verdade que se esconde por trás de Metrópolis.
Tima, em minha opinião, é a uma das personagens mais complexas do anime, sua expressão é vazia e robótica, contrastando com sua aparência angelical e sua voz doce de criança.
Mangás Osamu Tezuka
Em muitos momentos do anime ela é retratada quase como uma divindade, e você começa a acreditar que o mais certo é seguir o seu destino. Outro personagem impressionante é Rock, que é inexistente no mangá. Foi criação pessoal do roteirista e que se encaixou tão bem que fica difícil acreditar na sua ausência no original. Kenichi também é um personagem incrível, com uma aparência frágil e infantil, mas que se torna maduro e muito seguro de si em frente aos obstáculos.
Como se a história não fosse o suficiente, animação de Metoroporisu é de tirar o fôlego! Baseado em um mangá único e do mesmo nome que foi publicado aqui pela editora NewPop e escrito por ninguém menos que Osamu Tezuka’s em 1949.
Metrópolis é uma super produção da Toho e Bandai Visual, lançada em 2001 lá fora e em terras tupiniquins em 2002. Dirigida por RinTaro (Galaxy Express 999, Peacock King) e pelo roteiro de Katsuhiro Otomo (Akira, Memories).
Cultura Japonesa
Para ter uma ideia da magnitude da produção, levaram-se cinco anos para ser finalizada, foram 150.000 células de acetato para produzir a animação dos personagens e 15 milhões de dólares investido em todo o projeto.
Enquanto os cenários de fundo representam o que há de mais impressionante em termos de tecnologia 3D, os personagens foram desenhados a mão. A riqueza de detalhes é inacreditável e a animação fluida e perfeita dos personagens mostra porque foram gastas tantas células de acetato.
Trilha musical
A trilha sonora faz com que o anime ganhe um tom irônico em alguns momentos e tira um pouco o peso do ambiente soberbo e de tensão que foi criado, uma mistura de jazz e blues clássicos adicionados a imagens de explosões cria cenas no mínimo insanas!
Uma trilha musical deslumbrante e atípica é o tom perfeito para os visuais deslumbrantes deste filme de anime. A música Dixieland influenciada pelo jazz de Toshiyuki Honda é uma ousada contra a visão futurista da sociedade quase robótica de três camadas.
Respondendo a pergunta mais comum feita em relação a esse anime, se ele tem algo a ver com o longa-metragem do mesmo nome feito pelo diretor alemão Fritz Lang em 1926 que também se passarem em um futuro com tecnologia muito avançada e sob uma ditadura.
Tezuka sempre afirmou que não se baseou no filme Alemão, ao qual ele não assistiu, mas que a sua principal inspiração foi o pôster original do filme. Existe sim muita semelhança entre as duas histórias. Um ditador que não se importa com a miséria da população, a população oprimida que arquiteta uma revolta, além da presença dos robôs femininas com papel fundamental na trama (Maria e Tima).
A história possui um brilho próprio e cativa o espectador com facilidade desde o primeiro minuto, embora bem complexa, em nenhum momento confunde a cabeça de quem assiste e flui com naturalidade.
Com referências à Torre de Babel (chamada de Zigurate pelos babilônios) e cutucando a vontade do homem de se equiparar a Deus. Metrópolis não é só uma animação bem feita, pelo contrário, ela se sustentaria só pelo conteúdo, mas já que ela nos foi dada em um pacote de luxo. Só nos resta encostar-se ao sofá e aproveitar a viagem ao máximo.