3 FILMES SOBRE GUERRA DO VIETNÃ

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Guerras sempre geraram bons filmes em Hollywood, sejam explorando as desavenças entre as nações, sejam mostrados os conflitos internos dos soldados ou batalhão.

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Mas nenhuma guerra teve tantas maneiras de ser observada e com tantos dilemas pessoais e surreais quanto a Guerra do Vietnã. Os filmes vão mostrar em sua maioria o sofrimento causado nos soldados americanos que travavam uma luta sem sentido, algumas produções vão tentar mostrar uma inexistente razão americana humanitária para o conflito, enquanto outras, memoráveis e clássicas, demonstrarão o quão surreal e idiota foi essa guerra, abordando todos os percalços gerados durante e após o ocorrido, e foram dezenas de filmes: Além da linha vermelha, Bom dia Vietnã, Rambo, O Franco Atirador, Pecados de Guerra, entre outros, cada uma abordando uma particularidade do conflito.

Mas três filmes sempre são lembrados quando se fala em Guerra do Vietnã, dirigidos por lendas e com produções tão lendárias quanto: Apocalypse Now de Frances Ford Coppola, Platoon de Oliver Stone e Nascido para matar de Kubrick.

Apocalypse Now – 1979

Considerado uma obra prima cinematográfica é tida como a visão final da Guerra do Vietnã, com uma fotografia belíssima contrastando com o ambiente. Se passa em 1969, onde o Capitão Willard (Martin Sheen) é convocado para se embrenhar na selva vietnamita numa missão secreta: matar um coronel americano que ficou descontrolado diante de tanta loucura à sua volta e montou um exército para se opor à guerrilheiros americanos, formando um pequeno reino nas perigosas matas do país.

Apocalypse Now

Formando um grupo de soldados, Willard avança num barco, navegando o rio Nung e adentra o coração da floresta. Quanto mais vão adentrando, mais a loucura da guerra vai se instalando na mente dos soldados.

E em meio a tanta barbaridade, personagens vão surgindo e demonstrando dramas surreais, como o do tenente-coronel Bill Kilgore (Robert Duvall) disposto a pegar ondas com sua prancha. E mesmo o encontro entre Willard e o Coronel Kurtz (um dos muitos papéis memoráveis de Marlon Brando) ocorrer apenas no desfecho, esse encontro é a força motriz do filme inteiro.

A produção teve muitos problemas, que quase levaram literalmente o diretor à loucura e até rendeu um filme, que é considerado por muitos críticos um dos melhores filmes da história do cinema. Além dos atores citados, Dennis Hopper, Laurence Fishburne (que mentiu a idade para participar do filme) e Harrison Ford (numa pequena participação) fazem parte do elenco. A história é baseada no livro No coração das trevas. Celebre, bonito, triste e enlouquecedor.

Platoon – 1986

Oliver Stone nos apresenta a guerra do Vietnã aos olhos de um soldado, no caso Chris Taylor (o agora tresloucado Charlie Sheen, filho de Martin Sheen) que percebe, ao chegar no Vietnã, que duas guerras estavam sendo travadas: uma guerra sangrenta contra os vietcongues, e outra pela sua alma.

Enquanto se arrasta com seu batalhão em busca do inimigo, ele nota a diferença entre os dois sargentos, sendo que o frio Barnes (Tom Berenger) mostra o quanto o ser humano pode ser transformado com a guerra, enquanto o simpático Elias (Willem Dafoe) mostra que suas escolhas é que moldaram o seu caminho independente do lugar em que esteja. A guerra pessoal desses dois sargentos ultrapassam os limites da importância da guerra em que estavam, sendo que ambas, pessoais ou não, podem afetar o soldado Chris.

Com cenas que entraram para a história do cinema, Platoon mostra a camaradagem entre os soldados, seus medos, seus cansaços, suas vontades de voltar para casa, onde a imagem de um conflito fácil de ser resolvido, se torna cada vez mais um pesadelo sem fim.

Nascido para matar – Full metal jacket – 1987

Stanley Kubrick não é reverenciado à toa. Ao tratar do tema da Guerra do Vietnã, ele escolhe dividir o filme em duas partes e nos mostra que a guerra começa logo no treinamento. Recém saídos dos colégios, os jovens são direcionados ao mundo militar caindo nas mãos de Hartmann, um sargento verborrágico extremamente rígido e amedrontador, que tem a tarefa de transformar o batalhão de jovens, recém saídos das escolas, em verdadeiras máquinas de matar.

Nascido para matar

Humilhação, desgaste físico e emocional, brutalidade psicológica, exaltação dos fuzileiros, treinamento incansável, tudo isso levam os jovens aos seus limites para serem convocados à guerra travada no outro lado do mundo. Mas esse treinamento tem seus efeitos colaterais.

Matthew Modinne interpreta um dos soldados, que após seu treinamento é direcionado ao Vietnã e, na segunda parte do filme, seu batalhão se vê num mundo que não estavam preparados, não adiantando qualquer tipo de treinamento. Seu batalhão acaba tendo que enfrentar um atirador de elite em meio aos escombros de uma cidade destruída, com uma grande surpresa no fim, demonstrando o quão idiota era a presença maciça dos americanos naquelas terras.

O desfecho memorável, com uma horda de soldados americanos caminhando e cantando uma música infantil nos remete a várias considerações. E a música Paint It Black dos Rolling Stones abrilhanta essa produção.

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